APARELHO DE ABREUGRAFIA
Casa Lohner S.A., tradicional firma do ramo médico hospitalar e odontológico, subsidiária e representante da Siemens, famosa produtora de aparelhos de Raios X, ondas curtas, ultrassom, etc. A Casa Lohner foi a responsável pelo lançamento do, à época revolucionário, aparelho de Abreugrafia. Seu presidente Henrique Strattner viria a fundar em 1950 a empresa que leva seu nome, ainda existente com sede no Rio de Janeiro. De 8 à 21 de julho desse ano, foram examinados 758 indivíduos aparentemente sãos, dois quais 44 apresentavam lesões pulmonares detectadas pela fluorografia. A nova técnica começava a provar sua utilidade. Ainda em 1937, o Centro de Saúde n.3, onde se achava instalado o serviço de exame coletivo recebe a visita de personalidades ilustres, entre as quais: A. Sarno do Uruguai; Unvenrricht e Ulrici, de Berlim; Holfelder, de Frankfurt. Em 1938 viriam Bustos, do Chile; Sayé, da Espanha; Sayago, da Argentina; Lindberg, dos EUA.
Durante o ano de 1938, três Serviços de Recenseamento Torácico foram criados em São Paulo: no Instituto Clemente Ferreira, no Hospital Municipal e no Instituto de Higiene. Outras cidades do Brasil, da América do Sul, Estados Unidos e Europa também adotaram a fluorografia como instrumento na luta contra a epidemia de tuberculose. Holfeder, entusiasta do método, vaticinou em 1938, para tempo não superior a dez anos “a erradicação da tuberculose na Alemanha”. O novo método diagnóstico recebeu várias denominações tais como fluorografia, fotofluorografia, radiofotografia e Roentgenfotografia. Esta última foi a escolhida por Manoel de Abreu na sua apresentação do novo processo de exame à Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro em julho de 1936: “na verdade, na especialidade, tudo deriva desse puro gênio que foi Roentgen”.
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