COMO FUNCIONA UMA AMPOLA DE RAIOS X
Uma ampola de raios X chamada também de tubo de Coolidge , é uma válvula termiônica, cuja função é a produção de um feixe de raios X.
A ampola, que pode ser de vidro (Pyrex) ou metal, tem seu interior mantido em vácuo e possui dois eletrodos: um catodo e um anodo. No catodo há um filamento que, quando atravessado por uma corrente elétrica, gera calor. Uma vez aquecido, o filamento emite elétrons pelo efeito termoiônico. Estes elétrons são acelerados em direção ao anodo em função de uma diferença de potencial existente entre estes eletrodos. Quando os elétrons atingem o anodo, sofrem uma desaceleração brusca e sua energia cinética é, em sua maior parte, convertida em calor e também em raios X por meio do fenômeno do bremsstrahlung (do alemão: radiação de freamento).
Produção dos Raios X
Linhas de campo e módulo do campo elétrico gerado por uma carga negativa movendo-se em inércia e então parando repentinamente, assim gerando a radiação bremsstrahlung.
Ao atingirem o anodo, a maioria dos elétrons perde sua energia cinética nas inúmeras colisões com os átomos do anodo, convertendo-a em calor. Alguns elétrons participam na produção de raios X por dois processos fundamentais: a emissão de raios X de freamento e de raios X característicos (ou de fluorescência).[6]
Raios X de freamento: o bremsstrahlung (do alemão: radiação de freamento) é um fenômeno que produz radiação eletromagnética quando ocorre a desaceleração repentina de cargas elétricas.[8] Os raios X de freamento ocorrem quando os elétrons aproximam-se dos núcleos dos átomos que compõem o alvo e sofrem uma desaceleração brusca devido ao campo coulombiano do núcleo. Os raios X assim produzidos, possuem um espectro contínuo de energia, variando de valores próximos de zero até um valor máximo que corresponde a toda a energia cinética do elétron.[6]
Raios X característicos: a emissão de raios X característicos (ou radiação fluorescente), ocorre quando um elétron acelerado por uma diferença de potencial colide com um átomo e o ioniza, dessa forma, remove-se um elétron orbital de uma das camadas internas e o rearranjo pode resultar em fóton de raio X.[9] Os raios X característicos produzem um espectro de linhas ou raias com energias bem definidas características do material do alvo.
Referências
Jorge Chernicharo
Wikipédia
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