TRANSILUMI AÇÃO
( Hidrocefalia )
A transiluminação é a passagem de luz através de uma área do corpo ou órgão para verificar se há anormalidades. Normalmente, este teste é realizado para diagnosticar hidrocefalia em recém-nascidos. O método não é suficientemente preciso e é usado em conjunto com testes adicionais.
Trata-se de um exame simples, que utiliza uma lanterna comum e um dispositivo de borracha em torno da orla luminosa. Este dispositivo de borracha é usado para permitir um contato próximo e flexível com o couro cabeludo.
A transiluminação é um procedimento antigo, tendo sido descrito pela primeira vez por Richard Bright em 18312. Atualmente está sendo pouco utilizado na semiologia do recém-nascido. Trata-se de um exame simples, que utiliza uma lanterna comum e um dispositivo de borracha em torno da orla luminosa. Este dispositivo de borracha é usado para permitir um contato próximo e flexível com o couro cabeludo. No recém-nascido normal, a transiluminação ocorrendo além da borda da lanterna, raramente vai exceder 2,5cm na região frontal ou 1cm na occipital (figura 1) , havendo variações em prematuros, caso contrário confirma a presença de hidranencefalia (figura 2). Karnik relata que o otoscópio também pode ser usado para diagnóstico de hidranencefalia com bons resultados3. Sabe-se que fatores intracranianos, tais como coleções anormais de líquidos dentro do espaço subdural ou subaracnóideo, ou a presença de um revestimento cerebral delgado, podem alterar a transiluminação. Já na hidranencefalia, a transiluminação relaciona-se com o adelgaçamento do revestimento cerebral, que ao apresentar-se com menos de 1 cm de espessura, ocorre de forma completa4. A ausência de telencéfalo na região irrigada pelas artérias carótidas, resulta na formação de uma cavidade cística na região meníngea, sendo patognomônica de hidranencefalia
A transiluminação da cabeça é uma parte essencial no exame neurológico do recém-nascido, de fácil realização e interpretação, sendo uma efetiva ferramenta de rastreamento,, indicando ou confirmando um diagnóstico de imagem. Hayden refere que pode ser usado ainda, com bons resultados, nos cistos intracerebrais, hematomas subdurais agudos e na atrofia cerebral
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